Depois do envio de José Sócrates para um centro de novas oportunidades em Paris e na iminência de Santana Lopes privatizar o Totobola, os sócios desta Taberna sentiram-se obrigados a tomar as rédeas do país, tendo como base de comando este espaço!

30 de outubro de 2012

E eu tão pouco


Na semana passada, descobrimos que a Câmara Municipal de Lisboa do genial António Costa vai ficar responsável pelas despesas da genial Fundação Saramago. Ou seja, água, luz e demais coisas comezinhas não cabem na genialidade da Fundação. Os génios, como se sabe, não sabem o que é a conta da luz. Seja como for, este encargo significa mais 50 mil euros por ano. Coisa pouca, diga-se. Nada que se compare à doação da Casa dos Bicos à Fundação Saramago, depois de ter sido devidamente arranjada com obras financiadas pelo erário público. Portanto, bem vistas as coisas, tudo isto acaba por fazer sentido: a CML fez uma espécie de habitação social para um génio, e agora tem de pagar as despesas correntes do génio. E, atenção, as declarações da Presidenta da Fundação também fazem todo o sentido. Pilar del Rio anda por aí a dizer que a democracia está morta, que não há democracia. Tenho de concordar: de facto, não há democracia quando alguns privilegiados dispõem deste acesso directo ao erário público.  Mas deve ser tão bom bancar o benemérito com o dinheiro dos outros.

P.s. Saramago como personalidade causa-me repulsa. Porque não gostava de Portugal, porque era anti-democrático, porque era mal educado e porque era casado com uma personalidade asquerosa. Por tudo isto ganhei aversão a toda a sua obra. Não a consigo dissociar da personalidade do autor.

3 comentários:

  1. Pois, está certo mas esta carapuça cabe a muita coisa por este país fora, incluindo Minde, onde a Câmara gastou € 300 000 na fábrica Emídio da Silva Raposo e vamos ver quem pagará a manutenção e utilização... E este gasto é para uma associação de Minde.

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Olha que a rodada que estás a pedir é para pagar. Por isso pensa bem se queres mesmo pedi-la.