Depois do envio de José Sócrates para um centro de novas oportunidades em Paris e na iminência de Santana Lopes privatizar o Totobola, os sócios desta Taberna sentiram-se obrigados a tomar as rédeas do país, tendo como base de comando este espaço!

30 de novembro de 2012

Dia das Livrarias (1)

Cá está ele!

Dia das Livrarias

Ao que parece foi importada de Espanha pela Fundação Saramago.
Espero que tenha o maior sucesso e que traga para as livrarias que se associaram à efeméride o devido destaque na imprensa e que o mesmo resulte em vendas, claro está. Porque as livrarias por muito que gostemos de passar, parar e olhar para as suas montras, só subsistem com a venda de livros.
E a leitura é provavelmente a melhor das formas de desenvolvimento de um ser humano. A mais pessoal pelo menos.
Pelo sim pelo não, hoje vou à Pó dos Livros a seguir ao almoço comprar um livro.

Já agora deixo aqui o final de um texto que li ontem, precisamente, no blog da Pó dos Livros, sobre livreiros e leitores:

29 de novembro de 2012

Ainda a carta dos 70 magníficos


A lista dos amigos do Soares que subscrevem a dita carta mais parece uma shorlist do PS, PCP e BE juntamente com alguns parolos (tipo a Pilar del Rio) e com gente que devia andar a trabalhar mas que preferem aparecer nas notícias por outras razões que não o seu trabalho. O que não deixa de tornar mais ridícula a situação. Eu no lugar do Passos Coelho quando recebesse a carta tinha duas reacções:
1) ria-me que nem um perdido;
2) ligava à secretária e pedia-lhe para ela mandar um postal de agradecimento a dizer o seguinte:

"Agradeço a preocupação com a minha saúde e noto que sabem que rir é das melhores coisas para saúde. Sei que ser primeiro ministro é desgastante, mas estou muito bem de saúde e vou continuar no cargo. No entanto, sintam-se à vontade para me brindarem com momentos hilariantes destes sempre que quiserem, que pelo menos tornam a pausa do café mais divertida.
Do vosso primeiro-ministro,
Pedro Passos Coelho"

Eleitoralismo primário

O político com melhor imprensa em Portugal é António Costa. E é fácil de comprovar esta afirmação. Basta perguntar à maioria das pessoas algo assim:

"Qual é a opinião que tem de António Costa?"
Resposta mais que provável:
"Por acaso tenho boa impressão do António Costa."
Nova pergunta:
"Então mas porquê? O que é que ele já fez que justifique essa opinião?"
Resposta:
"Pois isso não sei, mas de facto tenho boa impressão dele."

Cá está. A maioria das pessoas não sabe o que o homem já fez, o que não invalida a consideração de que têm boa impressão sobre o dito cujo. A conclusão é evidente, a percepção que a maioria das pessoas tem vem da imprensa, dos microfones e dos televisores. E é aí que reside a grande vantagem de Costa. Claro que ter um irmão numa posição de destaque na imprensa escrita e televisiva também ajuda. Mas de forma geral Costa tem uma imprensa completamente desequilibrada em relação à realidade. Senão veja-se:
- Foi um jotinha (o que normalmente é mal visto na imprensa e pela população em geral);
- Foi deputado municipal desde os 21 anos e deputado parlamentar desde os 30 (o que normalmente é mal visto na imprensa e pela população em geral);
- Aos 32 anos já andava a candidatar-se a câmaras, o que demonstra que andou sempre metido no bastidores do partido (o que normalmente é mal visto na imprensa e pela população em geral);
- Não trabalhou como advogado mais do que 5 anos (o que normalmente é mal visto na imprensa e pela população em geral);
- Pertence ao Secretariado Nacional do PS desde os 26 anos (o que normalmente é mal visto na imprensa e pela população em geral);
- Foi ministro em 3 dos 5 (que foram os 2 de Guterres, os 2 de Sócrates e o de Santana) piores governos da história recente de Portugal (o que deveria ser mal visto pela imprensa e pela população em geral);
- Ganhou, em 2004, umas eleições para o parlamento europeu que abandonou ao fim de um ano para aceitar o cargo de ministro no primeiro governo Sócrates (o que deveria ser mal visto pela imprensa e pela população em geral);
- Defendeu com unhas e dentes Sócrates mesmo quando era mais que sabido o descalabro em que estava a deixar o país (o que deveria ser mal visto pela imprensa e pela população em geral);
- Tornou Lisboa a capital da sujidade, já cá ando há mais de 10 anos e nunca vi a cidade tão suja como agora (o que deveria ser mal visto pela imprensa e pela população em geral);
- Etc, etc...

Não querendo dissertar mais sobre este fenómeno que Costa representa na nossa imprensa, deixo apenas mais um exemplo do que são os socialistas e do que é o eleitoralismo primário deste que muitos consideram como "primeiro-ministrável"[1] ou "presidenciável"[2].

Esta notícia diz muito sobre o perfil deste homem e também diz muito da nossa imprensa e da sociedade fraquinha que, infelizmente, assola Portugal.
A quem se quiser dar ao trabalho de a ler, recomendo que depois façam uma continha simples e percebam o nível de demagogia impregnado nesta atitude de Costa, que depois redundou em notícia (que afinal era a finalidade da atitude!). Deixo só uma dica: o número de contribuintes é muito inferior ao da população. Agora se quiserem façam as contas (como dizia o outro) e tentem perceber quem anda a gozar com quem.

[1] afinal houve quem votasse em Sócrates 3 vezes
[2] afinal Sampaio foi Presidente da República

Perdoem-me a linguagem

Mas o filho da puta do Soares não tem um só pingo de vergonha na cara? (sim, o Soares é um grandessíssimo filho da puta!)
O maior bandido da história portuguesa, um ladrão sem igual...
Esta besta é que fundou o PS! Ainda se admiram da minha repugnância aos socialistas?
A todos os socialistas:
Ide-vos empalar! Seus grandes burros!

28 de novembro de 2012

Má comunicação e mau marketing

Dois exemplos, os mesmo protagonistas:

A capa do livro:


O convite para apresentação do livro:


Camilo Lourenço bem poderia ter exigido mais clareza na comunicação.

Oportunidade perdida

Consumo muita informação sobre assuntos económicos e políticos. É assim. Faz parte do trabalho e faz parte dos meus gostos. Sigo com atenção opiniões e correntes mais liberais, mais conservadoras, mais sociais, outras que são uma mistura ideológica, e outras ainda que não são nada mas que até gosto de ler.
Tenho para mim que a social-democracia (não confundir com PSD porque a lógica é inversa) conjugada com um mercado altamente liberalizado (mas prudentemente regulado) e uma legislação necessariamente flexível seria o sistema ideal. Se seria possível colocá-lo a funcionar? Não sei. Se isto significa alguma coisa em termos de correntes ideológicas ou mesmo de ideologia? Também não sei. Provavelmente não.

Mas com isto quero dizer que após ler, ouvir e reflectir sobre o orçamento de 2013 e o que tem sido a governação PSD-CDS, chego a duas conclusões:
- o país estava financeiramente num estado caótico (muito pior do que se imaginava), deixado por uma cambada de socialistas que, caso fôssemos um país sério, estariam todos presos e/ou casos fôssemos um país de gente séria, estariam todos calados e sem aparecer em lado algum;
- este governo perdeu a oportunidade (provavelmente o melhor timing histórico) de fazer as reformas principais que o país precisava (a tal refundação que agora se fala), cedendo aos poderes instalados (municipais, partidários) e tendo receio de confrontar certos filões (orçamento 0 para todas as fundações, privatizar tudo - RTP à cabeça - o que é do Estado).
Não há perdão para qualquer uma destas conclusões. Mas há uma certeza: quem mais sofre com tudo isto é Portugal e os portugueses, mas no futuro também os políticos sofrerão pela falta de crença daqueles que neles têm confiado. Embora sejam formas de sofrer bem diferentes.

Resta, ainda, a este Governo demonstrar que a oportunidade que tiveram pode ser aproveitada, mesmo que não totalmente, o que, sinceramente, já me custa a crer. Perceba-se também que o que digo não invalida que continue a achar que:
- este é o melhor Governo que vi em Portugal, que Gaspar é o melhor ministro das finanças que poderíamos ter, que é uma sorte termos um ministro como Álvaro Santos Pereira, mas a teia de poderes instalados e a falta de coragem dos políticos deste Governo - Passos, Relvas e Portas à cabeça - provavelmente determinará que a oportunidade se perdeu.
- que os socialistas são a espécie política mais asquerosa, mais nojenta, mais torpe, mais bafienta, mais mentirosa, mais aproveitadora (podia continuar porque adjectivos pejorativos há muitos e todos eles cabem nessa gente) que pode haver.

27 de novembro de 2012

Keith Jarrett


Foi com esta injecção solar que a tarde se manteve solarenga como estava no seu início.
Pelo menos assim a pressenti.

A Piada Infinita

A propósito do meu post - Percepções e Realidade - tomei conhecimento do blog que a Quetzal lançou para promover o lançamento do livro de David Foster Wallace - A Piada Infinita.


Quanto a mim resta-me, na insignificância a que este blog está redundado, agradecer a citação que fizeram de uns parágrafos meus.

Em jeito de conhecimento

Isto dos blogs tem coisas engraçadas. Seguimos pessoas que não sabemos quem são, que não sabemos como são, às vezes nem sabemos se são homens ou mulheres, que idade têm, mas que no fundo começamos a sentir alguma proximidade provocada obviamente pelos conteúdos que lemos, mas também por uma imagem que criamos. Uma percepção da pessoa.
Há pessoas que sigo há vários anos em blogs e é curioso que para quase todas elas tenho um retrato mental. Já me aconteceu esse retrato até ter parecenças com a pessoa (quando mais tarde por alguma razão vi a sua imagem) e o contrário obviamente também. É quase como que desenhar sem ver. Apenas através de informações, informações essas que na realidade são disponibilizadas pelos próprios. É uma sensação estranha, metafísica até.
Só sigo blogs e pessoas (nalguns blogs só leio textos de determinadas pessoas) que me dão alguma coisa. Não raras vezes dou comigo a ter sentimentos que deveriam apenas estar reservados a amigos, familiares ou a ídolos (com quem a interiorização de proximidade é completamente diferente). Sentimentos como preocupação, desilusão, agradecimento, entre outros.

Isto tudo só para saudar o regresso do David (já estava a ficar preocupado) aos blogs. Deixou de estar debaixo do fogão e mudou-se para aqui (http://thegirlfriendthoughtexperiment.blogspot.pt/). Façam o favor de passar por lá porque, além dos temas abordados, das opiniões sempre mordazes mas justas, escreve-se muito bem. E isso nem sempre é norma nos blogs.

Triste leão

Há 2 coisas que me custam muito neste Sporting:

1) ter um presidente que não passa de um atrasado mental;
2) o Elias jogar (podia estar um ponto final) e ainda para mais utilizar aquela braçadeira de capitão.

RTP - Conclusões

Com o caso da demissão do Nuno Santos da RTP ficou a perceber-se o nível de manipulação de informação que existe num canal de que se diz ser "um rigor necessário" ao país.

Privatizem rapidamente a RTP, pode ser que assim despeçam o José Rodrigues dos Santos e com isso possa presentear (quem o lê) com 2 livros por ano em vez de um. Não é ele que diz que quem os livros dele fica a perceber tudo sobre tudo? Então para quê a RTP? Basta o génio do Rodrigues dos Santos.

Isto é o PS

Declarações de Almeida Santos sobre Armando Vara:

«Se não acreditasse que o Armando Vara é um homem sério e honesto, eu não estaria aqui a defendê-lo.»

«Foi encarregado de preparar o campeonato europeu de futebol e presidiu à preparação do Euro-2004, nesse ano foi preciso construir vários campos de futebol e isso movimentou muito dinheiro, pelo que se Armando Vara não fosse honesto não seria encarregado dessas funções.»

«Três vezes ministro, duas vezes deputado, membro do Secretariado do PS. De um modesto funcionário da CGD chegou a administrador. Acha que se não fosse sério, tinha este currículo? Desonestidade não conduz a estes lugares.»

Como é que é possível tanto desplante, tanta falta de vergonha, tanta desfaçatez, tanta falta de seriedade? Ainda há quem me queira convencer que os partidos políticos são todos iguais. Admito que em muitas coisas são, mas noutras, há uns que são mais iguais que outros. E, desculpem lá, não conheço nenhum partido que seja tão sem vergonha como o PS.

26 de novembro de 2012

Ana Moura - Desfado


Até agora está a soar muito bem. "Até ao Verão" é um grande fado. A interpretação de "A Case of You" da Joni Mitchell está engraçada. Quase obviamente a melhor música do álbum é "Dream of Fire" com participação de Herbie Hancock.
Não sou o maior fã de fado, mas o que ressalta desde disco é o ambiente sonoro que equilibra de forma perfeita todo o conceito do álbum que Ana Moura pretende transmitir. Se não tivesse tão bem produzido seria um risco enorme e provavelmente teria resultado numa miscelânea pouco recomendável. Assim, está um álbum bom de se ouvir com alguns momentos que valem a pena.

Biblioteca Digital DN (6)

O conto de Dulce Maria Cardoso - Coisas que acarinho e me morrem entre os dedos - foi o décimo primeiro desta série. Sem ser muito bom, tem uma estrutura bem definida e que resulta, está bem escrito e o fio condutor é claro. A ironia presente nalgumas partes do conto fizeram com que valesse a pena relê-lo. Só por esse momento de prazer já valeu a pena.

Normalmente gosto muito de ler o Pedro Mexia. Seja no Expresso ou na revista LER, onde escreve com regularidade, seja noutras participações, seja em blogs (embora a Lei Seca tenha encerrado recentemente). Apesar de não ter lido nenhum dos seus livros.
O conto - Defensor do Vínculo - com que presentou esta série está extremamente bem escrito, como não podia deixar de ser vindo de Pedro Mexia, está cheio de referências bem mais profundas do que pode aparentemente parecer. Mas, na minha opinião foram as referências e as questões de origem semântica e até filológica em jeito de auto-interrogação que fizeram com que o conto se tornasse interessante. Fora isso, apenas a qualidade da escrita vingaria nesta participação de Pedro Mexia. Esperava mais.

23 de novembro de 2012

Mas quem é o Sporting?

Ouço muita gente do Sporting escandalizada com derrotas com os Videotons e os Basileias deste mundo. Normalmente dizem coisas como:
"Mas como é que é possível perder com o Basileia? Nós somos o Sporting, aqueles gajos não são nada ao pé de nós!".
ou
"Para o que havíamos de estar guardados. Perder com o Basileia... Uma equipa da terceira divisão europeia!".

Pois bem, acho que depois das duas piores presidências da história do Sporting (dificilmente existirá, entre todos os clubes do mundo, uma sequência de presidências tão má), a pergunta que se deve colocar é a seguinte:
Mas afinal quem é o Sporting?

Basta atentar à forma como os clubes se apresentam nos jogos contra o Sporting para facilmente se perceber que há muito o Sporting perdeu o estatuto que teve. O Sporting que os sócios e adeptos ainda mantém vivos na memória não passa hoje de um triste e moribundo figurino. E é este ajustamento que os adeptos têm que fazer. Que muito me custa e custará a todos, mas é a realidade.

Não deixando porém de acreditar que o ressurgimento é possível. Porque as características, os elos de personalidade, por serem parte da idiossincrasia inicial do clube, estão lá. Mas será preciso um grande grito para acordar este gigante. E não é com esta gente que tem dirigido o clube.

22 de novembro de 2012

Para descontrair


Quando o trabalho aperta e o tempo é pouco, adapta-se o estilo da leitura. E nada como uma história de malandragem (excelente a definição de Gonçalo M. Tavares no prefácio) cheia de episódios cómicos e irónicos para descontrair.

20 de novembro de 2012

Percepções e Realidade *

Há alturas em que tenho alguma dificuldade em discernir se as percepções que tenho são de facto a realidade. Filosoficamente a questão poderia ser colocada no prisma das várias realidades individuais e da forma como as percepções dos indivíduos e os estímulos a que estão sujeitos as influenciam e definem ou tendem a definir. Resulta claro que as percepções são ambíguas de indivíduo para indivíduo, mas a realidade, semanticamente analisada não deveria deixar muito espaço para a ambiguidade. Caso contrário a semântica do termo poderá encontrar nela própria um antagonismo.
Outra questão é a forma como, nas tais mesmas alturas, parece que as percepções assumem uma atitude  intrigantemente persecutória, como que a querem comandar a realidade. O que, de certo modo, acaba por acontecer.
Mas, adiante.
Vem esta entrada - provavelmente despropositada e incrivelmente falível ou falhada - a propósito da forma como tenho esbarrado, quase literalmente, em tudo o que é informação, em tudo o que são críticas e opiniões sobre o lançamento, em português do livro de David Foster Wallace, "A Piada Infinita", quer através de vários jornais que me chegaram por puro acaso e que não costumo comprar, quer seja por ter ido parar, de forma totalmente casuística e até arbitrária, a alguns blogs e sites.
Ainda para mais não há uma única opinião que tenha lido que não considere o autor e o livro geniais. Embora, em alguns casos, haja a assumpção e a honestidade de assumir que não terminaram o livro. O que não invalida que a percepção da genialidade esteja formada.
Desde sexta-feira que consumo informação sobre este tema. E a percepção que tenho é que a realidade atribuiu uma relevância enorme a este feito. Pergunto-me, nesta altura (uma das tais): 
terá sido esta a realidade ou simplesmente mais não foi que a minha percepção?

P.s. Não sei se algum dia lerei o livro, se o fizer não o colocarei no currículo (como desejava a jornalista do i), mas definitivamente vou querer tê-lo.

*Título, unicamente o título, retirado de um livro de Santana Lopes.

19 de novembro de 2012

Elitismo primário

Esta gente socialista não pára. Vivemos uma das maiores crises nacionais de sempre. Todos os dias se ouve falar da necessidade de poupar e de não viver acima das possibilidades, mas depois há ideias que vêm de cabeças da vanguarda socialista que nos deixam confundidos.
Quem tem carros anteriores a 2000 toca de ir trocar de carro, se quiserem andar nas zonas mais centrais de Lisboa. Senão, já sabem, têm que pagar.
Há duas causas de impostos em Portugal:
1) os impostos inventados por socialistas, sempre para o bem das pessoas, obviamente;
2) os impostos necessários para tapar os buracos financeiros socialistas.

Reportagem aqui.

Biblioteca Digital DN (5)

Quando olhei para a cronologia de contos do DN sombreei para mim uma sequência que começava com Inês Pedrosa, seguia para Afonso Cruz, Gonçalo M. Tavares, Manuel Jorge Marmelo, Mário de Carvalho, Dulce Maria Cardoso e terminava com Pedro Mexia.
Há uma outra sequência, David Machado, JP Simões e Rui Cardoso Martins, que também me desperta interesse prévio.
Mas, voltando ao primeiro conjunto que identifiquei, a expectativa era alta. E, lidos que estão 5 contos desses 5 autores, a aposta parece acertada. Logicamente a expectativa conjunta não era repartida de forma igual. Por exemplo, a expectativa pelo conto de Afonso Cruz e Manuel Jorge Marmelo era maior que a de Inês Pedrosa ou de Dulce Maria Cardoso. A valorização de cada uma das expectativas tem diversas variáveis associadas, algumas delas mensuráveis, mas quase todas elas subjectivas. Embora não importe minimamente escalpelizá-las agora.
Quero apenas referir que o autor sobre o qual recaia a minha maior expectativa, por motivos totalmente subjectivos, como por exemplo as capas e os títulos dos livros, a sensação de “compra-me que é para teu bem” que uma vez tive ao pegar num livro dele, era Manuel Jorge Marmelo.

O nono conto desta colectânea é precisamente o de Manuel Jorge Marmelo, As Saudades que tenho de Inácia. Desta vez não direi nada sobre o conto, até porque duvido muito do interesse que as coisas que digo possam ter. Quem o dirá é o próprio autor. Com frases que têm tanto de cru como de certeiro, como - “E ainda não encontrei coisa mais desigualmente distribuída do que a feiura e o seu oposto.” – ou - “Coitado de quem vem ao mundo condenado pelos pecados que não cometeu.”. Passagens em cuja ironia, apesar de presente, não se suplanta à assertividade da mensagem - “Se existisse um deus moldando as pessoas do mundo, ele seria só o mais desastrado dos oleiros.” – e com descrições que, embora conhecidas e se saibam e desejem temporais, são de uma profundidade intrigante nunca perdendo o toque de ironia - “Mas eu amava-a como suponho que se deva amar uma mulher: chegava a horas para o jantar, fazia por andar lavado, evitava beber muito grogue, entregava-lhe a féria e procurava-a na cama (pontualmente).”.
Um conto sobre pessoas, sobre vidas, sobre a coexistência entre a banalidade e a complexidade das relações, sobre consciência.
É, até agora, o melhor conto desta colecção (e não tenho qualquer receio de dar ordem às coisas), o que quer dizer que o nível claramente se elevou com as últimas publicações de contos.
E agora, se me dão licença, vou ali à Pó dos Livros comprar um livro do Manuel Jorge Marmelo e provavelmente acrescentar mais algum à minha “wish book list”. Depois logo conto como foi a experiência de ler um livro deste escritor.

A primeira dezena de contos ficou completa com A Porrada, de Mário de Carvalho. Um conto insípido, sem grande desenvolvimento e com a originalidade típica de uma fotocópia. Talvez a ideia Mário de Carvalho com este conto fosse sugerir aos leitores que vissem o “Fight Club”, que de facto é um filme fantástico e imperdível. Mas para isso teria sido preferível que o tivesse assumido em jeito de nota final ao conto, pelo menos dúvidas sobre o objectivo do conto tinham-se dissipado. Assim, não passou de uma tentativa falhada de escrever alguma coisa com interesse.

16 de novembro de 2012

Não podia estar mais de acordo

Pela segunda sexta-feira seguida, sou "obrigado" a citar o Rui Rocha.
Desta vez por outros motivos. É que o Rui conseguiu exprimir com tamanha exactidão aquilo que sinto em relação a Saramago.

E isso quer dizer o que?


Esta afirmação tão estapafúrdia só poderia vir de um idiota chapado.
Mas o que é que este atrasado mental não percebe?
Mas ainda há pessoas que se deixam levar (liderar) por um tipo desta categoria?

Míscaros 2012


Proposta de fim de semana!
Os Xaral's Dixie lá estarão nos 3 dias do festival!

Estivadores

Segundo o i, finalmente o governo decidiu-se a acabar com a palhaçada da greve dos estivadores, preparando-se para fazer a requisição civil. Não sem antes dar mais uma oportunidade a essa classe de gente que não tem o mínimo respeito pelo país, exigindo-lhes, veja lá, que pelo menos trabalhem em bocadinho.
Realmente, com gente desta é difícil algum governo fazer alguma coisa. Gente que ganha em média € 4 mil por mês. E qual é de facto a grande reivindicação dos homens?
Não querem que uma parte do seu trabalho possa ser feito por outras pessoas. Mesmo que essa parte do trabalho não exiga grandes competências técnicas. Ou seja, não admitem que sejam contratadas outras pessoas para fazer uma parte do trabalho que eles fazem. Querem continuar a ser principescamente pagos mesmo nas tarefas mais redutoras.
Haja paciência para esta gente e para a porcaria dos direitos adquiridos que a porcaria da nossa constituição consagra como se se tratasse da última coca-cola do deserto. 

15 de novembro de 2012

Um exercício para perceber as coisas

Toca a experimentar se é possível reduzir o défice do estado sem mexer em salários e na função social.
Aqui!

Hoje Teatro


14 de novembro de 2012

Na greve geral nada se propõe e nada se reivindica, tudo se protesta

Vi agora uns miúdos da faculdade, não mais de 50, que iam na Av. da República a gritar qualquer coisa em que Bolonha rimava com vergonha. Não passou de um protesto. Porque na realidade não reivindicavam nada. Apenas protestavam.
Não quero extrapolar directamente para a greve (dita) geral, mas parece-me que o caso é o mesmo.
Aplicando a lei de Lavoisier:
Na greve geral nada se propõe e nada se reivindica, tudo se protesta.
Imagino como Lavoisier ficaria orgulhoso do grande Arménio, este seu genial discípulo.

Leituras


Marguerite Yourcenar
"Contos Orientais"

Não vi um único sinal de greve

Esta manhã não notei uma singular alteração ao habitual.
As 3 carreiras da Carris, que passam na paragem que utilizo, mantiveram a mesma regularidade, apesar de só uma delas constar nos serviços mínimos.
Aliás o primeiro sinal de que a greve não estará a correr bem foi dado precisamente pelo grande Arménio: 9h10min Líder da CGTP acusa Governo de usar polícias para intimidar piquetes.~

P.s. Aguarda-se a todo o momento notícias de Wall Street.

13 de novembro de 2012

Do particular para o geral

Amanhã será o segundo dia mais feliz da vida do grande Arménio Carlos. Vai ser a sua segunda greve geral em menos de um ano. Espero que esta lhe corra melhor que a anterior (em Março) que pouco mais foi que uma insípida tentativa de criar ruído sem qualquer fundamentação.
Para amanhã augura-se o mesmo.
Pessoalmente, sou por natureza contra a greve em si, mas sou completamente contra uma ideia dita "geral" mas que afinal é muito mais circunspecta e fulanizada do que a nomenclatura aparenta.

P.s. Recebo informações de que há polvorosa expectativa acerca do presumível impacto das declarações de Arménio Carlos em Wall Street. Há quem chegue a aventar um mini-crash bolsista.

12 de novembro de 2012

Bata pendurada

E eu que julgava que os médicos, fruto da sua formação, seriam necessariamente pessoas ponderadas e de bom senso.
João Semedo já deve ter arrumado a bata e com a bata foram os princípios, a ponderação e o bom senso.
É que proferir declarações deste género não dignifica ninguém. Muito menos alguém que devia ter maior capacidade para discernir.


"O BE está disponível para coligações nas autárquicas? J[oão[S[emedo]:Onde for preciso reunir a esquerda toda para bater a direita podem contar com o BE.".
Tristes...

Biblioteca Digital DN (4)

Se, pelo título – A Queda de um Anjo - poderá vir imediatamente a lembrança da música dos Delfins, augurando algo de menos de bom ao conto, a originalidade explícita nas primeiras linhas escritas por Afonso Cruz encarregam-se de, rapidamente, eliminar tão desagradável lembrança.
Embora o início prometa mais do que o conto realmente é (a nota final do conto é despropositada), seria incorrecto não o considerar o melhor conto até agora desta iniciativa do DN. Sustentado por um alinhamento simbiótico entre palavras e estrutura, Afonso Cruz leva-nos para o universo onde se sente melhor, o da originalidade. Escudado numa escrita agradável e com fluência.
Para além de que demonstra dominar muito melhor a arte literária do conto do que anteriores autores desta colectânea.

A Moeda de Gonçalo M. Tavares foi o oitavo conto desta série. Um conto que pode parecer abstracto ou absurdo, de onde emerge a clara a influência de Gogol e até de Kafka, mas que no fundo é uma parábola interessante acerca da sociedade e do pensamento dos indivíduos. Além de que está muito bem escrito. Tinha alguma expectativa e não saiu gorada. Gostei.

9 de novembro de 2012

Poupanças vs demagogia de esquerda

O Ruca, essa miserabilista e salazarenta personagem, está a contaminar as mentes tenras das nossas crianças com princípios ecológicos absolutamente indefensáveis. Agora, como é? Isto fica assim, ou segue-se petição?


Post usurpado daqui. Com a devida vénia ao Rui Rocha.

Obrigado estivadores, podem continuar que o país agradece

Desespero e falta de vergonha

Hoje o Record bateu no fundo!
Apresentou uma capa com uma imagem manipulada!
Quer dar a entender algo que não aconteceu!
A todos os filhos da puta que pertencem a este jornal informo que nunca mais darei um cêntimo que seja para alimentar a porcalhice que publicam diariamente!

P.s. O comunicado do Sporting é pouco mais que ridículo. Foda-se não há maneira desta direcção fazer uma coisa (só uma!) de jeito?

8 de novembro de 2012

A esquerdalha portuguesa é nojenta!

Podia escrever muitas coisas neste post sobre a esquerdalha portuguesa. Mas, a propósito do que andam a querer fazer (já ouviram falar de democracia, liberdade, direito de expressão sem ser para eles próprios?) a Isabel Jonet só me apraz dizer isto (também podem e devem ler isto e isto):

A esquerdalha portuguesa é nojenta!

Se quiserem perceber mais alguma coisa sobre esta temática pesquisem, pensem e tirem as vossas ilações. Eu já o fiz e não tenho dúvidas:

A esquerdalha portuguesa é nojenta!

Como sempre

Para variar a Câmara de Alcanena preferiu assobiar para o lado em vez de tomar uma decisão.
Poderiam ter existido propostas algumas alternativas, poderiam ter sido discutidas essas alternativas em sede de Assembleia Municipal, mas, a senhora presidente (com a conivência da maioria da assembleia municipal, com certeza) preferiu a opção de não assumir nenhuma posição acerca da proposta de reorganização administrativa das freguesias do município de Alcanena.
Não há qualquer novidade neste campo, até porque, o pavor por tomar decisões "difíceis" e capazes de ferir susceptibilidades partidárias (e não só, muitas vezes, apenas e só tomar decisões), é coisa que faz genuinamente parte do ADN de qualquer socialista que se preze.
Provavelmente, a senhora presidente, deveria estar a pensar que esta era mais uma daquelas reformas-tipo que o seu ex-primeiro, agora refugiado em França, andava a apresentar pelo país como se de um detergente milagreiro para nódoas se tratasse, e que, como era tónico, nunca passaria disso mesmo, de propaganda, ou seja, nunca entraria em vigor. Pois bem, enganou-se.
Agora, em Alcanena, vão ter que simplesmente acatar a decisão do governo central. Assim, sem mais nada.
O que me leva a questionar sobre a primeira e verdadeira função de uma câmara municipal. Não seria a de dar voz aos seus munícipes? Ia jurar que sim.
Pois bem, a opção desta vez foi exactamente contrária. Foi optar por permitir ao governo central imiscuir-se nas decisões que deveriam ter sido tomadas pelo município. Refazendo a pergunta: Conseguiu a Câmara de Alcanena, neste caso concreto, dar voz aos seus munícipes, apresentando uma proposta minimamente consensual e estruturada? A resposta é óbvia. O que pode levar à simples conclusão de que, neste caso, a sua acção foi completamente inútil, ou, pior, foi conivente, por inépcia, com uma situação delicada, nada consensual e que poderá provocar algumas quezílias.
Por fim, relembro que esta reforma está a ser feita por um partido que está no poder, num cenário de grande austeridade, com eleições autárquicas à porta e para o qual a consequência desta reforma poderá ter um impacto relevante. Por isso, o argumento de que este PSD também não consegue tomar medidas "difíceis" e que é igual ao PS é um pouco, digamos, desajeitado, para não dizer, parvo.
Pode não ter ainda conseguido aplicar algumas das medidas que são absolutamente indispensáveis e que poderiam até ter maior e mais rápido impacto, mas é incrível como se exige num ano e meio a assertividade política que não se exigiu nos últimos 15 anos. Lá para meados de 2014 poderemos avaliar com algum rigor o trabalho do governo.

7 de novembro de 2012

A Festa Socialista

"Ontem, visitei duas escolas, como membro do júri do Prémio Escolar Montepio Geral [...]. É da segunda escola, em Lousada, que quero falar. Ao chegar lá, tive a sensação de que era um dos edifícios mais fantásticos que jamais tinha visto. Nem na Bélgica, na Dinamarca, na Suécia ou nos EUA vi escolas assim. Não há em Portugal uma escola privada que lhe chegue aos calcanhares. A arquitectura excelente, os acabamentos, a funcionalidade. Um vereador da Câmara local (por sinal socialista) confidenciou-me que na vila há uma outra escola (também muito boa) que custou um quarto do preço. A diferença é que a mais cara foi feita pela célebre Parque Escolar."

Esquerda Caviar


Biblioteca Digital DN (3)

Dando seguimento aos posts anteriores sobre este tema.

O 5º conto, da autoria de Eduardo Madeira - Um Rio Chamado Angústia - tem uma particularidade. Não é um conto. O que, tendo em conta o contexto da publicação, não deixa de ser estranho. No entanto, jus se faça, é um texto muito apelativo para, por exemplo, um workshop de escrita criativa. Tem piada e estruturalmente está bem conseguido. Reflecte perfeitamente a personalidade e o estilo do autor. Não obstante, parece-me que o mesmo poderia ter aproveitado a oportunidade concedida pelo DN para se mostrar noutro registo, mais interessante para quem lê e onde ficasse clara a versatilidade literária de Eduardo Madeira, se é que a tem. Assim nunca o saberemos. Espero que os outros humoristas presentes na lista optem por outra linha, ou caso optem por não arriscar, pelo menos que optem por escrever um conto.

Inês Pedrosa com o seu Quartos de Hotel, traz-nos, sem dúvida, um conto. Com uma linha de orientação bem delineada, onde a realidade assume papel de destaque e em que as personagens acabam por estar suficientemente vívidas para preencher os recantos da história contada. Gostei da ideia e da forma como a concretizou. Afinal, quantas estórias não terá um Quarto de Hotel para contar?


Eleições EUA (1)

Obama foi reeleito.
Para quem tiver interesse pode consultar os resultados neste site da google.

6 de novembro de 2012

Frase da semana

"Não se trata de atacar o Estado social, mas de defender"Vítor Gaspar

Espero que a cambada socialista deste país perceba isto!

A velha história dos almoços grátis

Ainda há quem acredite que há almoços grátis? Se houver, desengane-se. Porque não há.
Aqui fica mais uma prova.

Escândalo em França

França sobe IVA para descer TSU às empresas.

Será que o Tó-zé sabe disto?
E o Louça?
E o Arménio?

Curiosidades

Ontem durante a hora de almoço tinha planeado comprar a revista LER deste mês. Mas depois de almoçar fiquei sem dinheiro suficiente e por isso teria que levantar para a poder comprar. Apontei para o fazer depois de sair do trabalho ao final da tarde. Ignorando na altura desse apontamento que teria que sair a correr porque tinha reunião de condomínio às 19h.
Claro que saí do trabalho em cima da hora e, como ainda não tinha levantado dinheiro, passei pela banca de revistas e nem sequer parei a contemplar, durante uns segundos, as capas dos jornais e das revistas, como faço habitualmente.
Ao entrar no metro, já a falar ao telefone, passo pelas portas automáticas e os meus olhos dirigem-se, como que alertados, para o chão. Onde encontro uma nota de 5 €. Delicada e naturalmente, baixo-me, apanho a nota e coloco-a no bolso. Sem parar a conversa telefónica.
Decido instantaneamente, e sem o comunicar a quem me acompanhava telefonicamente que seriam destinados à revista LER.
Ela aqui está:


Adeus anunciado de ALA

Na sua habitual crónica na Visão, Lobo Antunes anunciou com antecipação o final da sua obra literária.
Lançou este um novo livro e, segundo o próprio, tem já outro terminado que sairá em 2014. Mais dois livros de crónicas, um em 2013 e outro provavelmente em 2014, e a dará por terminada a sua obra literária.
Não sem deixar no ar a possibilidade de um "post-scriptum" (como o próprio referiu). "A partir de agora, nem mais uma entrevista para um jornal que seja, uma televisão, uma rádio.", refere o escritor.

"Se há pessoas que olham o que construí como difícil de entender é porque não compreendem a complexidade da vida, e isso não é culpa minha, é defeito delas."

"O meu trabalho está praticamente terminado. O resto fica por vossa conta e eu estarei muito longe já. É inevitável. Governem-se, se forem capazes, com a chave que vos deixo, se é que ela existe, ou não existe, ou existem várias, ou existem muitas, mudando constantemente. De cada vez, por exemplo, que oiço um quarteto de Beethoven oiço música nova. Como se pode agarrar, digam-me lá, o que constantemente muda?"

5 de novembro de 2012

Eleições EUA

Amanhã saberemos quem será o novo presidente dos EUA.
Acompanho, desde 2010, um blog sobre este mega acontecimento, o Era uma vez na América. Grande parte do que vou sabendo e do interesse que me despertou este tema, devo-o ao blog e a quem nele escreve. Nuno Gouveia, Alexandre Burmester e José Gomes André foram guiões indispensáveis para mim neste período e os próximos dias, tenho a certeza, serão repletos de bons textos e excelentes análises.
Fica a referência, mas o objectivo deste post é dar a minha opinião sobre Obama.
Apesar de lhe reconhecer grandes capacidades e méritos, tenho a certeza que ele só chegou a presidente dos EUA por ser negro. Se fosse branco, mesmo com todos os seus méritos, dificilmente teria chegado a presidente dos EUA. Porquê? Porque seria mais um entre muitos com capacidades e qualidades idênticas. Ser negro, haver a possibilidade de ser o primeiro presidente negro e a miscelânea étnica dos EUA (a alegoria da raça é transversal) foram os factores que impulsionaram a eleição de 2008.
Obama tem, obviamente, capacidades para ser presidente dos EUA. Mas não é um génio, nem o que querem fazer dele (aquele prémio Nobel será provavelmente uma das decisões mais ridículas da academia sueca). A presidência não foi excelente e a prova disso é que a um dia das eleições, as chances de vencer a eleição de 2012 encontram-se muito próximas para os dois candidatos.
Fazer previsões num cenário tão renhido não é mais do que expressar uma vontade, um desejo. Por isso, mais do que uma previsão, expresso aqui aquele que seria o meu desejo para vencer as eleições americanas. Mitt Romney.

P.s. Para quem tem interesse por estas coisas, recomendo que analisem e tentem perceber como funcionam os media nos EUA (mas não só) em cenário de eleições. Para perceberem melhor a pobreza de espírito e o défice de carácter que envolve a nossa comunicação social.

Crescimento, cultura e sociedade

1 - Haverá alguém contra o crescimento económico?
Acho que não.
2 - Haverá alguém contra o crescimento desenfreado da dívida para simular crescimento económico?
Acho que sim. Se fossemos um país com bons níveis de cultura (não necessariamente habilitações literárias) todos seríamos contra.

A proposta do PS para atingir a premissa 1 passa por executar a premissa 2.

Quem quiser continuar a acreditar nesta mentira pode fazê-lo. Quem quiser ser sério e intelectualmente honesto percebe que não é possível crescer economicamente sustentado por dívida. Basta aplicar esse exemplo à sua vida particular ou a uma empresa e facilmente perceberá isso.
Só se consegue crescer economicamente de forma sustentada com eliminação de défices estruturais, nomeadamente balança externa e saldo primário. Como é que isso se faz? Gastando menos do que se ganha e exportando mais do que se importa (sim, somos dependentes de alguns bens, já sei que sim, mas pelos vistos é possível equilibrar a balança). São mecanismo dinâmicos e têm necessariamente que ter uma correlação muito positiva. E mesmo assim pode não ser o suficiente para reduzir nominalmente a dívida, mas será, pelo menos, suficiente para não a aumentar. E, com alguma durabilidade, funcionará na redução nominal da dívida.

O resto são mentiras e farsas que um tal de Tó-zé, completamente ignorante, apoiado por uma máquina propagandista de um PS, completamente execrável, querem fazer passar a um povo, na sua maioria inculto, com a conivência de uma comunicação, completamente irresponsável.

Ter um partido a propagandear sistematicamente que a solução do pais está no crescimento económico sem explicar claramente como fazê-lo e tendo em linha de conta o histórico recente do seu modus operandi - contraindo dívida de forma abrupta e sem critério na sua aplicação -  é de uma tristeza atroz e demonstra a falta de educação, formação e preparação das nossas gentes. No fundo, a falta de cultura.
Ter uma sociedade culta (educada, formada, preparada e com capacidade crítica e de análise), mais que qualquer outra, será a melhor forma de termos um futuro melhor. E, infelizmente, essa sociedade ainda não existe, caso contrário seria impensável Sócrates ter ganho duas eleições. Quem votou em Sócrates  na 2a eleição (dou de barato a primeira) demonstrou uma total inconsciência e impreparação para viver numa sociedade que se quer culta e responsável. Só para referir um exemplo.

4 de novembro de 2012

Jotinha

Segundo o novo líder dos xuxinhas a solução para a crise portuguesa passa por estágios profissionais.
Evidentemente, repetiu ele vezes a fio.
A solução passa, claro, por subsídios. O pedigree mantém-se.
Evidentemente.

2 de novembro de 2012

Estão a ver o que eu dizia


Acabo de receber esta mail da Culturgest:

Por motivo de greve dos trabalhadores do Grupo Caixa Geral de Depósitos hoje, dia 2 de novembro, são cancelados o concerto pelo Jim Black Trio e os espetáculos incluídos no projeto CELEBRAÇÃO.
Para reaver o valor dos bilhetes, poderá dirigir-se à bilheteira, dentro do horário de funcionamento da mesma, ou ao local onde foram adquiridos.
O programa da CELEBRAÇÃO continua nos próximos dias, como anunciado.

Por acaso até queria ir ver o Jim Black e só por impossibilidade é que não comprei os bilhetes. Se tivesse comprado, lá teria que perder mais algum do meu tempo para ir tratar da devolução do dinheiro.
Lá está o que referia no post anterior, quem sofre com a greve desta gentinha (coitadinhos, tenho tanta pena dos trabalhadores da CGD), somos nós.

Coisas que não percebo

Porque é que a maioria das greves em Portugal são em empresas públicas?
Desta vez até os coitados da Caixa Geral de Depósitos fizeram greve.
E ainda tiveram sorte, o tempo não está nada mau!
A CP deve andar em greve desde o início do ano dia sim dia não. Ainda não perceberam que já ninguém liga aos seus protestos e que, tirando as linhas de Sintra e Cascais, o resto do povo já se adaptou. O que prova duas coisas: a) que o serviço prestado não é grande coisa e é caro; 2) que há montes de gente a mais nessas empresas.
Sempre ouvi dizer, que quem mais tem, mais quer ter. E é bem verdade no sector público.
Se tivessem na iminência permanente de perder o emprego talvez pensassem duas vezes antes de andar a fazer greves, mas como esse fantasma não os assola, fazem o que querem. And guess what, os principais prejudicados são sempre as pessoas que querem fazer pela vida, que têm que fazer pela vida.