Pastéis há muitos!

Ontem fui ao Nata Lisboa experimentar os pastéis de nata e ver o conceito que tem sido tão falado. A julgar pelo espaço e pelo conceito, penso que tem sido até falado demais, o que demonstra que a campanha de meios está a ser brilhantemente realizada.

É um pastel de nata bom, não é excelente. Mas isso nem foi o que mais me motivou a ir. Verdade seja dita, o único motivo que tive para ir foi a companhia de quem me desafiou a ir. Ia eu a dizer que o que me motivou a aceitar a sugestão de ir ao Nata Lisboa, foi tentar perceber o conceito, mais concretamente a valorização do mesmo.

O objectivo dos criadores do conceito é franchisar em Portugal e "no Mundo". Para Portugal o valor do franchising é de € 35 mil e no lá fora são uns incríveis € 200 mil. Ora, aqui é que aparecem as minhas reticências em relação a este negócio.

Mas que força tem a marca Nata para se vender por € 35 mil? Estamos a falar de um café minúsculo que vende uns refrescos, café e pastéis de nata. Qualquer pessoa cria isso por muito menos dinheiro e facilmente mais atraente. São os pastéis de nata assim tão bons que justifiquem o investimento? Claramente que não. Além de que à partida parece ser um negócio de modas e ainda se devem fazer contas a um contrato mensal de compras de pastéis de nata ao franchisador.

Em relação ao franchising fora do país, mais do que descontextualizado é patético o valor.

Ou muito me engano ou dentro de alguns anos este conceito subsistirá em Lisboa e noutros locais do país e do mundo só existirão lojas próprias da marca Nata. Porque franchisados, parece-me de todo improvável.