Vasco Graça Moura escreve hoje no DN sobre a temática do cânone literário, cujo debate está em grande efervescência no mundo cultural. Já tinha dado conta dela a Revista Ler na sua edição de Julho/Agosto cujo artigo central versa precisamente sobre uma discussão havida em Madrid entre Vargas Llosa e Gilles Lipovetsky precisamente sobre a necessidade ou não, a importância ou não, da manutenção e/ou criação de cânones culturais, de forma geral. Vargas Llosa é, em si, um defensor da existência de cânones culturais e é precisamente sobre esta temática que versará o seu próximo livro (motivo da discussão acima referida), em jeito de ensaio, que já foi editado em Espanha e espero que o seja brevemente em Portugal. Deixo um excerto da crónica de Graça Moura de hoje:
"Nunca será demais insistir em que os estudantes, se tiverem um bom domínio da língua portuguesa, ficam preparados para ler tudo o mais: bulas de medicamentos, manuais de instruções, relatórios técnicos, notícias de jornais... Ao invés, se a sua preparação for circunscrita a este tipo de textos, nunca eles conseguirão ler capazmente um grande escritor. E se não forem capazes de ler capazmente um grande escritor, acabarão por não ser capazes de mais nada."
Deixo aqui para reflexão, uma frase de um autor, que por aqui , algumas vezes é mencionado:
ResponderEliminar"Um público comprometido com a leitura é crítico, rebelde, inquieto, pouco manipulável e não crê em lemas que alguns fazem passar por idéias."
(Mário Vargas Llosa)
Agradecido por mais esta contribuição.
ResponderEliminarHum..e se não tiveres de esperar muito, e este livro te chegar às mãos na língua-mãe do seu autor?..será um belo exercício!..
ResponderEliminarGrandes citações que por aqui se podem "beber"!
Muchas gracias!
J.
Sim, seria de facto um bom exercício de preparação para o que há-de vir...
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