Depois do envio de José Sócrates para um centro de novas oportunidades em Paris e na iminência de Santana Lopes privatizar o Totobola, os sócios desta Taberna sentiram-se obrigados a tomar as rédeas do país, tendo como base de comando este espaço!

31 de dezembro de 2012

Para 2013

A todos os que aqui costumam passar, a todos os que por cá passaram e aos que ainda vão passar, desejos de um ano de 2013 com saúde, amizade, trabalho, espírito crítico, livros, música, cultura, boa comida e bons momentos com as pessoas que o merecem.

28 de dezembro de 2012

Barclaycard - Provavelmente o pior cartão de sempre

A propósito deste post, reitero que o o Barclaycard é provavelmente o pior cartão de crédito do mercado. 

Não no sentido estrito do termo, porque nesse aspecto deverão ser todos iguais. Os de crédito.
Mas como em todas as análises entre melhor e pior que fazemos, há ponderadores que fazem a diferença. Num caso como o dos cartões de crédito normalmente os mais objectivos são: a) limites de crédito; b) custo da anuidade; c) taxa de juro associada. Num plano mais subjectivo: a) ausência de problemas e chatices. Que na maioria das vezes nada tem a ver connosco.
O Barclaycard é competitivo nos dois primeiros critérios, nos limites chega a ser até disparatado, e para contrabalançar as taxas de juro têm que ser superiores. Mas, para quem como eu, paga normalmente a 100%, a taxa de juro é relativa.
O problema é quando chega à parte dos problemas. A palavra certa para qualificar é: desgraça.
Aquela gente ultrapassa todos os limites possíveis e imaginários da incompetência.
Além disso são uma organização sem "rosto", não há nomes de responsáveis, um balcão de atendimento, nada, simplesmente um contact center, sem qualquer homogeneidade no trato, carregado de gente inqualificada e impreparada para resolver os problemas criados pela própria estrutura.
Como se isso não bastasse, são burlões, porque usam o dinheiro dos clientes em proveito próprio, sem que para isso o compensem.
Resumindo, deixo aqui o meu conselho a todos os que lêem este blog:

Não se tornem clientes Barclaycard.

Para os que já são clientes fica a minha opinião e façam o que entenderem.
O meu problema demorou 1 ano e 2 meses a ser resolvido. Fui 100% alheio à sua criação e tive, em simultâneo, o mesmo problema noutro banco que mo resolveu em 3 semanas.

Melhores livros lidos em 2012


Top 15 - Livros lidos em 2012:

1 - Contos de São Petesburgo - Gógol
2 - O Livro de Areia - Borges
3 - O Sonho do Celta - Llosa
4 - A Morte de Ivan Ilitch - Tolstoi
5 - Paris é uma Festa - Hemingway
6 - Acabadora - Michela Murgia
7 - O Caminho da Baleia - Francisco Coloane
8 - O Grande Gatsby - Scott Fitzgerald
9 - A Brasileira de Prazins - Camilo Castelo Branco
10 - Memória de Elefante - Lobo Antunes
11 - Lituma nos Andes - Llosa
12 - Os Novos Contos da Montanha - Torga
13 - Os meus anos em Cuba - Eduardo Manet
14 - Contos Orientais - Marguerite Yourcenar
15 - História Universal da Infâmia - Borges

Como não consegui escolher só 10, optei por um top de 15.

Actualmente estou a ler Voltaire - Cândido ou o Optimismo. Deixo aqui uma citação curiosa que li hoje de manhã:

"Fazei um exercício: levai qualquer passageiro a contar-vos a sua história, e se encontrardes um só que não tenha maldito a sua vida e não tenha muitas vezes dito a si mesmo que era o mais infeliz dos homens, lançai-me ao mar com a cabeça para baixo."

A voz dos clientes (6)


Pequenas coisas deste nosso Portugal.
Um acordo assinado pela Ministra Ana Jorge (2009) previa que os clínicos sindicalizados recebessem mais pelas horas extraordinárias do que os que não fossem.
É caso para dizer.......EXTRAORDINÁRIO!
Ouviremos, ou não, o camarada Arménio, e os outros camaradas encher a boca e falar sobre direitos iguais para todos?
Afinal como dirão os camaradas, há portugueses de primeira e de segunda.
E afinal os do sindicato são superiores aos outros.
Porque será?
Estudasses........
Naaaaaaaa, isto não é,..... Inconstitucional!!!
 
p.s. Só para dizer que a ARS não cumpriu, e, gerindo muito bem o nosso dinheiro......pagou igual a todos.
Ora aí está!

Alexandre Pires

27 de dezembro de 2012

Ainda a propósito do Nicolau

Se eu ao fim de 32 anos de experiência de trabalho cometesse um erro tão primário, demonstrasse tanta incompetência e parcialidade, provavelmente seria despedido.
A experiência serve para isso mesmo, para despistar erros, ter uma maior capacidade crítica e para que nos tornemos ponderados nas decisões.
O que me leva a pensar que Nicolau pode ter sido durante toda a vida:
- um incompetente jornalista;
- um competente lambe-botas;
- um incompetente economista;
- uma competente voz partidária.

Voltando ao início deste post. Dizia eu que provavelmente seria despedido se, ao fim de 32 anos, tivesse alinhado pela incompetência de forma tão directa e inexplicável. Isso seria verdade para a maioria das pessoas, mas não para quem trabalha no Expresso. Porque no Expresso quase todos são assim: incompetentes e parciais. Sobram os Henriques (Monteiro e Raposo)...

Para terminar, não se preocupem com o Nicolau que ele um diz destes chega ao lugar de sonho e para o qual tanto tem trabalhado. A parcialidade tem quase sempre a sua recompensa...

26 de dezembro de 2012

Para a prosperidade, Nicolau


(clicar para ler)

Imagino o quanto se deve ter babado o grande Nicolau "das bolachas" a escrever este artigo.
Mas um xuxa que se preze é mesmo isto:
- Um desavergonhado, tendencioso e bafiento.

E por mais que se desculpe de ter sido embarretado, o que fica para memória é o artigo que escreveu em que recomendou a entrevista de um charlatão. Ou seja, basta alguém dizer o que o Nicolau quer ouvir que ele vai logo a seguir recomendar.
Mas um xuxa que se preze é mesmo isto:
- Um desavergonhado, tendencioso e bafiento.

21 de dezembro de 2012

Programa para hoje!


19 de dezembro de 2012

Bom português

Recebido por mail.

Acabadinho de receber

Acabei de receber este postal festivo.
(clicar na imagem)

Site da escrever escrever

13 de dezembro de 2012

Amanhã é dia de...


Cachorros na Gazela! E uns Príncipes a acompanhar!

Ter imaginação é bom mas não chega


Li num dia “Os livros que devoraram o meu pai” de Afonso Cruz.
Na capa surge a informação que ganhou o Prémio Literário Maria Rosa Colaço (um prémio de literatura juvenil).
Admito que este não seja o seu melhor livro, e, para bem da sanidade mental de Afonso Cruz, espero que não seja sequer uma amostra fidedigna das suas qualidades literárias. Há algumas boas passagens, mas também há metáforas que não têm o mínimo sentido e que conjugadas não deixam o livro embalar para o campo da qualidade.
Não sei se terei paciência e vontade para ler outro livro dele.
Porque se a literatura se cingisse à capacidade de imaginação tenho um tio que seria um grande escritor.
Há duas coisas boas que o livro reflecte: a primeira é uma página em que aparece o nome de vários escritores, todos grandes vultos da literatura e que o autor leu; a segunda é a prova constante de que Afonso Cruz leu muito Borges. Admito que a faixa etária para a qual se dirige o livro não tenha ainda lido Borges ou muitos dos escritores referidos no livro.
Por outro lado, se quiser entrar no universo de Borges, prefiro ler Borges. E gosto de admitir, por hipótese, que todas as pessoas o prefiram. Porque é infinitamente melhor.
O final do livro é completamente ridículo e o episódio trágico da personagem Bombo não tem o mínimo cabimento. Mas provavelmente os filhos dele (a quem dedica o livro) vão dizer-lhe isso quando lerem o livro.

Para não correr o risco de perder o sentido literário da coisa, agarrei-me à “A Morte de Ivan Ilitch” de Tolstoi que é de um poder literário absurdo.
Como dizia Thomas Mann: “Os bons livros deviam ser proibidos de ler, pois, existem os óptimos.”.
Embora este não chegue sequer a ser bom, a lógica mantém-se em cadeia até ao infinito como dizia Borges na "Biblioteca de Babel".

12 de dezembro de 2012

Salad Ensemble

Improvisar = Criar e reproduzir em simultâneo

É um colectivo de músicos que se predispõe a subir a um palco interpretando uma peça onde a criação e a reprodução se tornam um simultâneo. Num universo onde o aparente antagonismo e dispersão musical é instantaneamente modulado e modificado por toda a concepção musical presente na peça reproduzida, a presença de um condutor garante a coerência e a linha abstractamente delimitadora que conjuga e molda as opções musicais tomadas por cada instrumentista. Se o conhecimento do instrumento é fundamental numa vertente experimentalista, a sinceridade, a solidariedade e o respeito musical conjugados entre todos os intervenientes fazem com que a ilusão da improvisação se transforme numa clara e direccionada percepção sonora, constituindo, por isso, uma experiência sempre única para quem dirige, executa e ouve.
Foto daqui

P.s. Texto que escrevi para tentar apresentar o Salad Ensemble. No entanto, tentar descrever um projecto de música improvisada com palavras, ainda que minimamente, pensadas redunda num paradoxo de todo o tamanho. Além de que é uma tarefa absolutamente falível e provavelmente infrutífera.

11 de dezembro de 2012

Biblioteca Digital DN (8)

Mais dois contos desta colectânea.
Com duas formas distintas dos que tinham sido publicados até agora.

"Acho que posso ajudar" de David Machado é o primeiro conto infantil desta iniciativa do DN. Com ilustrações de Mafalda Milhões, o conto traça em jeito de alegoria ao quotidiano da vida adulta em contraste com a vida infantil. E como normalmente acontece nos contos infantis, a ironia está bem presente.

Por outro lado, JP Simões não necessitou de recorrer a alegorias, passando directamente à sátira social, com sagacidade suficiente para não entediar ou cair em lugares comuns. Utilizando a forma de uma carta escrita a um director de jornal (a parte menos conseguida do conto, até desnecessária, dirigir-se directamente ao leitor serviria bem melhor) o redactor descreve ao som de uma banda sonora, facilmente audível, uma ideia de final de vida que diz muito da personalidade do autor do conto. Música, boémia, sinceridade, amizade. Gostei. Para mim é o melhor cantautor português e depois do que li vou ver se arranjo o livro de contos que escreveu.

Duas certezas e a mesma confirmação de Alvalade

Ontem saí de Alvalade com duas certezas:

1) Sá Pinto não sabe o que é uma pré-época e pior que isso decidiu sempre a favor do seu ego (que é muito) em vez de decidir em prol do clube de que se diz aficionado (exemplo flagrante: a dispensa inexplicável de Onyewu que era só o melhor central do plantel, mas que, segundo consta, teve a frontalidade, que se veio a revelar perspicaz, de dizer a Sá Pinto na final da taça que ele não percebia nada de futebol);

2) Franky Vercauteren não tem nível para treinar o Sporting, não serve, ponto. Não preciso de ver mais. Disse-o logo após o jogo com o Basileia. Senão vejamos: uma equipa que, nas condições psicológicas do Sporting, ganha ao Braga - um rival directo - e depois tem 11 dias para preparar o jogo com o Basileia - numa altura em que desse jogo ainda poderia resultar a qualificação da fase de grupos da Liga Europa - e não consegue capitalizar essa dose de alento psicológico, diz muito sobre a qualidade do seu timoneiro. Ontem foi só mais uma demonstração de alguém que não sabe ler o jogo, que não percebe o que uma equipa precisa em determinados momentos do jogo e que, pior, não assume as culpas pelos erros que cometeu, preferindo acusar os jogadores de erros primários. Quando quem mais errou ontem não foram os jogadores mas sim o treinador.

Além destas duas certezas, ontem foi possível mais uma vez confirmar que Elias, por si só, um dos piores jogadores do Sporting. Se a esse facto acrescentarmos os € 9 milhões que custou, percebe-se claramente que se trata do pior negócio desportivo da história do Sporting. Pelo que não joga, pelo que não rende, pelo que prejudica a equipa quando está em campo, pelo que se esconde do jogo, pela gritante falta de classe que tem, mas acima de tudo pela falta de respeito pela instituição Sporting que demonstra a cada movimento que faz.

10 de dezembro de 2012

Le nouveau socialisme


Exportações


De acordo com  os dados hoje revelados pelo Instituto Nacional de Estatística, as exportações de bens referentes ao passado mês de Outubro registaram um crescimento homólogo de 5,2% face ao mesmo mês do ano passado (em Outubro de 2012 as exportações de bens valeram 4,0 mil milhões de euros, contra 3,8 mil milhões de euros em Outubro do ano passado).

De acordo com Pedro Reis, “o comportamento das exportações de bens em Outubro, que voltaram a crescer depois do abrandamento de Setembro, é uma boa noticia e uma prova de força do Portugal exportador. Acredito que é um indício do que podem ser os próximos meses no sentido em que o grosso do crescimento tende a vir de fora da Europa, como há muito venho defendendo, e que tal é uma tendência de fundo a que importa que estejamos atentos.”

No acumulado do ano (JAN a OUT), as saídas aumentaram 7,1% e as entradas diminuíram  5,0%, face ao período homólogo do ano anterior. Esta evolução determinou um desagravamento do défice da balança comercial no montante de  5.029 milhões de euros. A taxa de cobertura a nível de bens situou-se em  80,6%, o que corresponde a uma melhoria de  9,1 p.p. face à taxa registada no período homólogo de 2011.

Adicionalmente, as nossas exportações de bens para os países extracomunitários cresceram  23,8% face aos primeiros dez meses do ano  passado, o que significa que neste momento o comércio com estes países representa 28,8% do nosso comércio com o exterior.

Nestes 10 meses do ano o crescimento das exportações de bens situou-se, assim, nos  7,1%, atingindo o valor global de 38.217 milhões de euros, mais 2.546 milhões de euros do que em igual período do ano passado.

A voz dos clientes (5)

Confirma-se!
As pessoas sérias, desprovidas de qualquer ambição política, que desejam acima de tudo usar o seu provisório lugar em beneficio da sua nação, não têem lugar nesse mundo cada vez mais limitado aos invertebrados.

Alexandre Pires

A voz dos clientes (4)


“ - Não, não estou a ouvir um demagogo!
Recuso-me liminarmente a perder tempo com personagens que me tiram do sério só de vê-las com ares de santidade.
Teria prestado um grande serviço ao País, demitindo-se de deputado desta república, ou porventura emitido opiniões, aquando da passagem do seu partido pela governação deste país, uma vez que não concorda com o que foi contratualizado entre o seu partido e a “troika”.
Perdoem este pequeno parêntesis”

Nem de propósito, e, indo ao encontro dos meus mais repetidos pensamentos, que chegam por vezes a ser tortuosos, leio na revista Visão um artigo sobre a ascensão que poderemos considerar meteórica de um antigo membro do desgoverno de s………tes.
De seu nome Pedro Marques, antigo secretário de estado da Segurança Social, e, dizem agora, uma das eminências pardas do ps.
Sobre o seu percurso, precoce, 19 anos tesoureiro da Junta de Freguesia do Montijo, 20 anos terminou a licenciatura em Economia, aos 25 conclusão da tese de mestrado na mesma área, e, aos 28 secretário de Estado da Segurança Social de Portugal.
Diz então que o lugar de tesoureiro lhe abriu as portas da política, tendo-se inscrito na js…..”Não me digas?”
Segundo ele, os encontros com a Troika são, improdutivos, ….”eles não vêm negociar nada,…..já está tudo decidido…. “A sério? Olha, nunca me tinha apercebido de tal coisa”.
Mas ele não participou nas negociações do acordo com a Troika?
Não fazia parte do governo?
Vem isto a propósito da experiência profissional acumulada da maioria dos personagens políticos com responsabilidade na actualidade.
De todos os partidos, claro!
Imensa, sem dúvida.
Da cadeira da Universidade, à cadeira do poder, passando, claro pelas js, mas isso é só um pormenor.

p.s. há dias escrevi algo sobre os partidos, e, qual não é o meu espanto quando abro a revista Sábado e lendo do fim para o principio, como sempre faço, Pedro Santos Guerreiro, que tanto aprecio, escreve isto:
“os partidos são hoje fonte de atraso, imobilismo e corrupção………e não há meio de desarmadilhar essa teia. Nem com intervenção externa se muda a Administração local interna. Arre!!!”
Mais um aplauso, Pedro Santos Guerreiro.


Alexandre Pires

6 de dezembro de 2012

A senilidade

Não, desta vez não me vou referir ao idiota do Soares, embora Helena Sacadura Cabral o faça muito bem.
Desta vez estou a referir-me a um contemporâneo de Soares, que pelos vistos, há vários anos que tem o mesmo problema, a senilidade. Pedro Correia fez o apanhado, eu faço o link.

5 de dezembro de 2012

A democracia

É assim que se demonstra o respeito pelos outros e pela democracia:

"Pedia ao Serra que deixasse os senhores ostentarem o cartaz sem nenhum problema, porque vivemos, felizmente, numa situação boa, de saúde da nossa democracia, e não vemos nenhuma razão para que os senhores não possam ostentar as faixas que entenderem", afirmou Pedro Passos Coelho, continuando depois a sua intervenção.

P.s. já a pessoa da agência lusa que escreveu o artigo podia aprender a colocar as vírgulas no lugar certo...

A voz dos clientes (3)


Mas alguém acredita que os partidos do dito "arco da governação", chegarão a acordos sobre a IMPERIOSA reforma do Estado Português?
E digo isto porque esquerda radical não conta, uma vez que está contra tudo e contra todos.
CGTP também é para esquecer, pois "só defendem" os trabalhadores, os outros não fazem parte das suas "preocupações".
Nunca, jamais, em tempo algum os partidos serão a solução para este designio premente e nacional.
Este deveria ser o mais importante tema da agenda politica nacional.
Tema demasiadamente adiado por todos os actores com responsabilidades, desde esse famigerado 25 de Abril.
Os partidos regem-se por uma única regra, chegar ao poder, custe o que custar.
Não importa a situação do País, importa sim, o partido.
Discutir um modelo de debate, o que é isso?
Não deveriam discutir o que está a mais, o que está a menos, o que fazer, como fazer?
E decidir!
Não foi para isso que foram eleitos?
Mais um faits divers, para gáudio da nossa sempre esforçada comunicação social.

Alexandre Pires

Notícia triste para Portugal

Joaquim Benite faleceu hoje. Fica mais pobre o teatro, a cultura, mas acima de tudo Portugal.
Não esqueço uma entrevista dele há mais de um ano que já reli algumas vezes. Aqui ficam as últimas linhas.

Sente que vai ficar na história?

Os encenadores nunca ficam na história. Só os escritores, como o Shakespeare. Sabe, acho que vale a pena viver para nos divertirmos. Lutar por coisas, para cumprir missões, não. O teatro é um sinal de civilização que está na origem da sociedade. Até nos animais. Quando chego a casa o meu cão faz uma dança que parece egípcia, pá. São rituais de representação. Mas o teatro não tem missão nenhuma. É uma coisa que as pessoas fazem porque gostam e as outras vêem porque lhes dá prazer. Uma vez estava em Sines e dizia-me uma vereadora: "Não tem umas peças que ensinem os miúdos a lavar os dentes". O teatro não tem anda a ver com isso, só se fizéssemos uma peça sobre revoltar-se contra o lavar dos dentes.

Banda sonora...

...da tarde de ontem e da de hoje. Redundante? Talvez.
Mas a complexidade (disfarçada) tanto pode funcionar, para alguns, como um repelente ou, para outros, como uma atracção.



O otário do Nicolau Santos

Ontem no primeiro dia do Festival LER 25 anos, quando ia a entrar cruzei-me com Nicolau Santos.
Sim, aquele parolo que escreveu o post - ridículo e bem demonstrativo da desonestidade e enviesamento intelectual que o assola - do menino das bolachas. Sim, é o mesmo parolo que, já o país tinha dado o passo em frente à beira do precipício, continuava a defender Sócrates com a desfaçatez e a manha com que um felino atrai a sua preza. Sim, é esse, o do jornal Expresso e que dantes andava sempre de laçarote para que dessa forma o reconhecessem por alguma coisa, já que pela qualidade da linha de pensamento não devia ser fácil.

A vontade que tive foi pedir-lhe para me ir pagar uma aguardente velha ao bar do São Jorge, usando como argumento o facto de não ter comigo dinheiro suficiente. Com certeza que o bondoso Nicolau tão preocupado (vá, ide ler o post do menino das bolachas que linkei) com a falta de dinheiro dos outros (e com a responsabilização dessa dolorosa realidade a que deve ser totalmente imune) teria todo o gosto em pagar-me a aguardente velha.

On The Road - Festival LER


Ontem fui à antestreia do filme On The Road -  Pela Estrada Fora - do realizador Walter Salles inserida no primeiro dia do Festival LER 25 anos.
Baseado no livro homónimo de Jack Kerouac (que não li, mas fiquei com vontade de ler), o filme relata basicamente uma história dentro de uma história. Onde as relações de amizade de amor são mais profundas do que aparentemente possa parecer. E há-as em praticamente todas as personagens. Relembrei, por momentos, o amor presente em Brokeback Mountain, que só os mais preconceituosos não admitem.
No livro todas as relações se encontrarão com certeza mais pujantes e detalhadas. As personagens são demasiado bem construídas para me ficar pelo filme.
A banda sonora é fantástica, com Dizzy e Parker completamente enquadrados nas cenas nocturnas onde a loucura do álcool, drogas e sexo se evidencia.
A partir de dia 20 de Dezembro nos cinemas.

3 de dezembro de 2012

Boas notícias

Este fim de semana decorreu mais uma campanha do Banco Alimentar.
Mobilizaram-se 40 mil voluntários, foram recolhidas cerca de 3000 toneladas de víveres, sensivelmente os mesmos níveis do ano passado.
São boas as notícias e é bom que os portugueses continuem a confiar no Banco Alimentar e na estrutura de distribuição por este montada. Já que provavelmente é das mais eficientes.
Outra boa notícia desta notícia (passe o pleonasmo) é a confirmação empírica da insignificância da extrema esquerda portuguesa. Essa gente para quem a ajuda e a caridade não existem, apesar da cobertura notoriamente desproporcional que os media insistem em dar-lhes, não conseguiram que a asquerosa campanha - contra quem ajuda os mais necessitados - que tanto impulsionaram tivesse o mínimo impacto.
Que não haja dúvidas: a melhor das notícias é a de que foram angariados 3000 toneladas de bens! É isso que realmente importa! O resto é ruído insignificante...

Biblioteca Digital DN (7)

Ao contrário de Eduardo Madeira, Fernando Alvim aproveitou claramente a oportunidade para mostrar a sua versatilidade. Não deixando de acentuar a sua veia humorística, conseguiu dar-nos um conto (também aqui ao contrário de Eduardo Madeira) recheado de momentos cómicos – “Temos 50 por cento para isto dar certo. São os meus 50 por cento” -, que embora façam parte da génese do conto, não o restringem. O princípio do conto é pouco atractivo, mas a fluência vem com o desenrolar da história. Nem a incongruência da referência à mulher (que até era desnecessária) belisca o conto. Além disso, Fernando Alvim demonstrou que escreve bem e que a ironia inteligente e de bom gosto é um habitat onde se sente muito à vontade.

Possidónio Cachapa não passava de um simples registo nominal na minha memória. Provavelmente não tenho sequer um ficheiro memorial só para ele. Deve estar associado a um qualquer registo partilhado por outros seres (com este possivelmente nem deve estar associado a outros escritores). Ainda não consegui perceber se assim se manterá ou se vai de facto passar a ter um ficheiro só para ele. O conto que escreveu - O Homem que existia demais – é um salganhada de todo o tamanho. O enredo até tem tendência a ter alguma piada (provavelmente não no registo do conto, ou pele menos neste tipo de contos), não se pode dizer que esteja mal escrito, mas são episódios a mais para um conto de meia dúzia de páginas. A personagem principal terá muito mais para dar do que estas páginas. Talvez este conto tenha servido como início da criação de uma personagem para um próximo trabalho. Darei outra oportunidade a este autor caso ele se me depare.


Os próximos 3 contos pertencem ao segundo conjunto de autores sobre o qual recaiam inicialmente maiores expectativas. Veremos o que trazem David Machado, JP Simões e Rui Cardoso Martins.