Gostava de ver os funcionários públicos e os partidos de esquerda sozinhos neste país para ver como se safavam.
Começa a ser insustentável para quem trabalha no privado querer fazer vida em Portugal.
Não tenho nada contra os funcionários públicos, simplesmente o estado tem funcionários a mais e para que a sua exploração se torne positiva, e consequentemente o défice possa ser reduzido, terá forçosamente que reduzir a despesa com eles. Se não se podem cortar subsídios nem fazer despedimentos, então não há nada a fazer neste país. Mais tarde ou mais cedo as restantes pessoas e empresas vão acabar por não ser suficientes para aguentar o barco. (obrigadinho oh Guterres)
Portanto, ou o Governo arranja um buraco qualquer na lei para despedir entre 70 a 100 mil funcionários públicos ou nada mais nos resta, a nós que trabalhamos no privado, senão pensar em emigrar. E se é para isso, quanto mais cedo melhor.
E não, não digo isto por o nosso primeiro ministro ter dito, e bem, que os portugueses com qualificações que não encontrem empregos em Portugal deviam procurar emprego no estrangeiro. Porque isso é tão óbvio que não merece sequer discussão, muito menos o drama oportunista que quiseram associar a esta declaração.
A verdade é que a maior fatia da despesa pública (cerca de 60%) refere-se a gastos com pessoal. Acreditar que é possível fazer um ajustamento orçamental sem mexer estruturalmente naquela que é a componente que representa a maior parte dos gastos é o mesmo que acreditar que foi um Deus qualquer que criou o mundo. É para crentes realisticamente ignorantes ou para charlatões profissionais. Curiosamente duas classes bem representadas na esquerda portuguesa.
Adenda:
Não esquecer isto: o retirar dos subsídios aos trabalhadores do privado não representa uma poupança para o estado, nem para as empresas privadas, representa, isso sim, um imposto e um aumento de receita (forçada) para o estado. Portanto, em nada contribuirá estruralmente e a longo prazo para o equilíbrio das finanças portuguesas.
Adenda:
Não esquecer isto: o retirar dos subsídios aos trabalhadores do privado não representa uma poupança para o estado, nem para as empresas privadas, representa, isso sim, um imposto e um aumento de receita (forçada) para o estado. Portanto, em nada contribuirá estruralmente e a longo prazo para o equilíbrio das finanças portuguesas.
Na realidade o problema estrutural de Portugal, é o lado da despesa publica e pelo que está a acontecer a Portugal e por aquilo que alguns iluminados Juízes dizem , por ai não se pode mexer. Mas pode meus Senhores, mas deve, mas tem que ser. O equilibrio das contas do Estado é exactamente igual ao equilibrio que a minha mãe fazia lá por casa. Visto que a receita não aumentava lá por casa, então a mesada ou é menos, ou tu compras menos.. e eu comprava menos. Não vejo a diferença entre a boa gestão da minha mãe e a do Estado. Certo que no Estado ( acho) que há mais zeros. Ou não se entende que a despesa publica tem que ser controlada , até pela razão de não se poder mais aumentar receita, ou não se quer entender... e parece-me que é mais o lado, do não se querer entender. A queda da receita e a dificuldade de arrecadar impostos directos, quer indirectos, é um sinal claro da quebra do consumo e da - atrevo-me a dizer - da educação financeira de cada um de nós . A palavra de ordem é poupar e creio que até estamos a entender essa linha de pemsamento. Ora se a solução do problema criado por uns deputados vestidos de palhaços, ou de palhaços vestidos de deputados, for , retirar aos privados os subsidios de férias e natal, então a receita se já está mal..então como ficará, com a quebra do consumo? Facíl será de ver que a coisa não vai correr bem. Receio agora, tudo e até Receio Portugal. Afinal hoje vi , que não se pode mexer, onde se deve, porque há alguem neste triste Pais que não entende o que é a uma nação e o dever nacional. Ha alguem neste Pais, que não entende o que deve ser Portugal no futuro.
ResponderEliminarDado que recentemente descobri que faço parte de uma comunidade alargada cujo o número total de "militantes" é desconhecido (vulgarmente denominados por funcionários públicos)venho por este meio expressar a minha opinião.
ResponderEliminarA solução parece-me fácil: se foi o Estado que engordou .. então o Estado que faça dieta. Se numa economia existem duas fábricas, uma chamada pública e outra privada, porque tem a segunda de pagar pela má gestão e negligência da primeira? A não ser que se pretenda estimular a ineficiência, não me faz muito sentido.
No entanto, todos sabemos que, ou por falta de actividade ou por gula, uns funcionários engordaram mais que outros! Então porque não são chamados os "obesos" a apertar o cinto e a devolver as calorias ingeridas incorrectamente? ahhhh.... já me esquecia da resposta!! Os tribunais demoram anos a chegar a uma conclusão e entretanto ou são declarados inocentes, ou não existem provas suficientes (pois as gravações e escutas não eram autorizadas...) ou os crimes de burla prescrevem! Já que referi a palavra "crimes" não resisto a escrever outra do mesmo grupo gramatical: "parcerias público privadas".... Se o devedor negoceia unilateralmente o contracto com o funcionário público, porque não pode o mesmo "negociar" as PPP e os contractos de leasing da frota do governo, cortando de vez na despesa?? ahhh ando a comer muito queijo!!.. porque se isso acontecesse os Bancos ficavam ainda com mais crédito em incumprimento e no final a injecção de capital por parte do Estado teria de ser ainda maior.
Conclusão... qualquer um dos caminhos é sempre o mesmo sujeito que paga a factura: o contribuinte! A questão é se queremos anos de fome e justiça ou uma vida de miséria.
É triste... triste viver num Pais onde a justiça não funciona, onde a corrupção compensa e onde ser "chico esperto" está sempre na moda.Premeia-se a mediocridade e aniquila-se a carreira e desenvolvimento profissional de cada um... triste!
Mas no final já dizia um professor... " o que é que acontece..." nada.
PS: Sérgio Guerreiro - palavras do Medina Carreira (cujo gráfico continuará actualizado por muito mais tempo): "Qualquer Dona de casa teria feito melhor trabalho que todos os governos que recentemente por cá passaram."
Obrigado pelo comentário MF. Mas não se esqueça que a última dona de casa que se candidatou a eleições perdeu. O país preferiu um ladrão de joias a uma dona de casa.
ResponderEliminarSeis meses de ditadura, constituição abaixo, NOVA CONSTITUIÇÃO.....JÁ!!!!!
ResponderEliminarA CONSTITUIÇÃO DEVE SER O ESQUELETO DE UM PAÍS e não um saco onde se aliviam as necessidades.
Caro/a MF. Deixe-me felicitar V/Exª, pelo contéudo do seu comentário. Na realidade, também sou a concordar com Medina Carreira, mas se me for permitido, gostaria de aludir sobre um aspecto que V/Exª também alude e bem. O tema da Jsutiça. levaria aqui ou em outra "sede" a um aplo debate publico.O fim da Justiça e o que é a Justiça.. Há quem saiba cantar, há quem nos deslumbre a declamar o mais belo poema... tanta coisa na arte, que nos deixa por um "momento e por um olhar" ficar sentados , só a ver o que o ser humano é capaz de fazer pelo amor á arte e ela só verdadeira, quando apreciada pelo outro... Caro/a MF. Entendo, que o atraso da Justiça e por culpa dela mesma ( entenda-se do Homem) se deve,a querem fazer da Justiça aquilo para o qual ela não nasceu e nasce agora uma nova arte. A arte de " recursar" onde eu recurso, tu recursas , ele recursa, nós ... vós ... eles... uns aplaudem...outros não.. Receba sempre os meus humildes cumprimentos. Sergio Guerreiro
ResponderEliminarAgora vai falar o verdadeiro funcionário público. Aquele que durante 40 anos exerceu/exerce uma atividade e não se sentou à secretária a ver a banda passar. Não. Não tenho os bolsos cheios de Euros nem tenho as mãos limpidas de nada fazer. Contudo, tenho sempre pago pela minha sensatez de ação. Sempre vivi às custas do meu trabalho e não andei por aí a passear e a gastar a mais do que a minha carteira não permitia. Não choro pela atual frustração do país, nem choro lágrimas de crocodilo porque esta situação foi criada há 39 anos. Fui militar entre 1973 a 1975. Senti na pele o heroísmo dos militares pseudodemocratas que nas paradas arrasavam os pobres e humildes soldados e depois empataram, empataram e viveram ao belo-prazer do nada que produziram. Fui agente policial e nesta corporação onde os agentes tudo fazem para a dignificação profissional, mas que a personificação é arrasada pelas chefias que em nada dignificam o sacrificio da massa humana. Entrei depois em várias instituições estatais. Vi individuos que se intitulavam FP mas passaram o tempo a comer à custa dos impostos dos portugueses, ora estudando ora fazendo que estudavam nas horas de serviço e os outros que não picavam o ponto e iam fazer uns biscates noutras instituições. Depois apareceram a venda de bens imóveis por parte do Estado apenas para inglês ver. Mas as instituições não funcionavam de qq maneira. Os DG tinham/têm direito a carro próprio e oficial, tm e cartão de combustível. Admitiu-se muito pessoal auxiliar sem ser necessário, pessoal esse que entrou com a escolaridade obrigatória mas um ano depois foi ressaviada a função profissional passando de auxiliares para técnicos superiores. Mas a despesa pública aumentou para a mais baixa produtividade de sempre. E por quê? O Estado papão, que dá trabalho a muitas empresas de segurança, lucrava, se não tivesse que pagar às Securitas, Grupo 8, 2045, etc, se mantivesse o contínuo, a empregada de limpeza, o eletricista ou o pedreiro. Mas não. Um indigente, acha que acabando com as categorias do chamado pessoal menor ( aquele que ainda fazia/executava) qq coisa foi demitido de funções. Então o que temos para tapar tais lacunas? Pseudo técnicos superiores, vindo das Lusófonas, das Independentes ou do Piaget, profissionalmente pouco adaptados ao mundo do trabalho, mas que proliferam aos montes nas instituições públicas, a nada produzirem e que o Governo agora os quer dimitir. Questiono. Então porque não corresponsabilizar os dirigentes das instituições que os admitiram? ... vou terminar com este estado de graça e de que ultimamente ouvimos falar de equidade. Mas o que é isso? Na AP, nota-se tal equidade no espaço e no tempo. Então cá vai a equidade dos politicos:
ResponderEliminar-3 cidadãos andaram na mesma escola e terminaram o mesmo curso.
Um achou que havia de enveredar pela carreia docente. Uma carreira digna de registo, mas complicada de gerir. Este ser, palmilhou, lés-a-lés, Portugal. Os sindicatos acharam que para a mesma atividade profissional, independentemente do bacharelato ou licenciatura, deveriam ter o mesmo vencimento.
O outro foi para as forças de segurança e o terceiro ficou-se pela carreira na AP.
Com 60 anos de idade, aposentados, aqui segue a díspare situação financeira apresentada pela CGA.
Professor: 1901€
Força de segurança: 1407€
Funcionário: 700€
Dá para entender?
Dá para entender onde encontrar o vencimento médio da FP de 1600€, como relata o professor Marcelo?
É fácil:
Enquanto o professor ganha 4000€ e o administrativo ganha 400€, temos a média de 2200€
Caro,
ResponderEliminarAgradeço o seu testemunho que muito honra este blog.
No entanto, a génese da minha tese mantém-se. Não será possível equilibrar a conta de exploração pública sem mexer na principal rubrica que afecta essa conta.
Compreendo o seu relato e percebo naturalmente as discrepâncias existentes no seio da AP, que apenas reforçam a necessidade de uma olhar mais atento por parte do Governo, nomeadamente para os lugares de chefia.
Bem haja e obrigado.