Depois do envio de José Sócrates para um centro de novas oportunidades em Paris e na iminência de Santana Lopes privatizar o Totobola, os sócios desta Taberna sentiram-se obrigados a tomar as rédeas do país, tendo como base de comando este espaço!

3 de dezembro de 2012

Biblioteca Digital DN (7)

Ao contrário de Eduardo Madeira, Fernando Alvim aproveitou claramente a oportunidade para mostrar a sua versatilidade. Não deixando de acentuar a sua veia humorística, conseguiu dar-nos um conto (também aqui ao contrário de Eduardo Madeira) recheado de momentos cómicos – “Temos 50 por cento para isto dar certo. São os meus 50 por cento” -, que embora façam parte da génese do conto, não o restringem. O princípio do conto é pouco atractivo, mas a fluência vem com o desenrolar da história. Nem a incongruência da referência à mulher (que até era desnecessária) belisca o conto. Além disso, Fernando Alvim demonstrou que escreve bem e que a ironia inteligente e de bom gosto é um habitat onde se sente muito à vontade.

Possidónio Cachapa não passava de um simples registo nominal na minha memória. Provavelmente não tenho sequer um ficheiro memorial só para ele. Deve estar associado a um qualquer registo partilhado por outros seres (com este possivelmente nem deve estar associado a outros escritores). Ainda não consegui perceber se assim se manterá ou se vai de facto passar a ter um ficheiro só para ele. O conto que escreveu - O Homem que existia demais – é um salganhada de todo o tamanho. O enredo até tem tendência a ter alguma piada (provavelmente não no registo do conto, ou pele menos neste tipo de contos), não se pode dizer que esteja mal escrito, mas são episódios a mais para um conto de meia dúzia de páginas. A personagem principal terá muito mais para dar do que estas páginas. Talvez este conto tenha servido como início da criação de uma personagem para um próximo trabalho. Darei outra oportunidade a este autor caso ele se me depare.


Os próximos 3 contos pertencem ao segundo conjunto de autores sobre o qual recaiam inicialmente maiores expectativas. Veremos o que trazem David Machado, JP Simões e Rui Cardoso Martins.

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