Diz Soares:
"O ps não deve colaborar com um executivo que o terá maltratado e humilhado".
(pensava, eu, que os partidos deveriam colaborar com o país, afinal estava mais uma vez enganado, devem continuar a olhar para os seus umbigos)
"Não há consenso nenhum. A situação do país o que exige é que não se pense mais nas 'troikas' e que não se queira aumentar uma coisa que não pode ser paga por nós jamais"
(claro que sim, pedir emprestado e nunca pagar. Muito bem. Espero que os netos não sejam caloteiros como o avô).
Aquele a quem chamam "pai da democracia" continua a dar belos exemplos de carácter e seriedade.
Alexandre Pires
As dívidas de um país devem ser pagas a todo o custo, independentemente de como fique o país depois disso e se esse pagamento levar o país para uma miséria de que tão cedo não conseguirá sair?
ResponderEliminarNão estou certo que as dívidas de um país têm de ser pagas a todo o custo e em termos e condições que não são possíveis sem sacrifícios brutais. Se uns malucos, incompetentes ou ladrões endividam monstruosamente um país quase até à falência (o que aconteceu desde a última intervenção da Troika em portugal, com o Soares), temos todos de ir ao fundo para que o país consiga pagar essas dívidas aos bancos internacionais e aos fundos soberanos de outros países?
Deixo aqui esta reflexão.
Os países também entram em bancarrota. Portugal já entrou várias vezes, tal como a maioria dos países europeus. Às vezes tem mesmo que ser. Sendo que, claro, entrar em incumprimento não é simpático e provavelmente até nos pode levar a sair do Euro e a viver numa miséria maior alguns anos.
Mas não deixa de valer a pena ponderar como hipótese. Pelo menos é uma das poucas hipóteses que está nas nossas mãos.
Então a decisão em cima da mesa é viver com dificuldades durante 4 ou 5 anos e pagar, ou viver na miséria um bocado mais que isso (salários sem ser pagos) e não pagar?
ResponderEliminarComo alguém que tivesse o destino de 10 milhões de pessoas nas mãos o que faria? Pense em cada um deles como se fosse o seu pai, a sua mulher ou marido, os seus filhos.
Agora diga-me que preferia passar miséria durante uns bons anos em vez de passar mal durante 4 ou 5.
Realmente só quem não sabe o que é o mais absoluto estado de indigência num país arruinado, vivendo de trocar uns sapatos por um pão é que pode propor uma coisa dessas. É mesmo falta de capacidade de perceber o que é uma banca rota, sem haver dinheiro para produzir electricidade ou para importar o trigo do pão. Nós não somos a Argentina. Não somos auto suficientes em quase nada
É com pena que vejo o comentário anterior ser anónimo, porque me parece demasiado interessante para ficar no vazio anónimo. Deixo a sugestão para que compareça mais vezes e que deixe o anonimato de lado.
ResponderEliminarMas é com mais pena ainda que leio o comentário do meu amigo El Che... Embora perceba o plano teórico em que quer colocar a questão, não posso minimamente compactuar com uma discussão teórica que tem como decisão de base a assumpção da irresponsabilidade. Colocar a questão como está colocada é colocar em causa o estado de direito e esse caminho não me parece o mais adequado para sair de qualquer crise...
Debate de extrema importância:
ResponderEliminarEquacionar a saída de Portugal do euro, deixou de ser tabu.
Acabado de sair dois livros sobre o tema, de dois autores Portugueses, Victor Bento e João Ferreira do Amaral.
Este último, investe na hipótese da saída de Portugal do Euro.
É uma questão difícil, sendo que, não encontramos no nosso sistema político, da direita à esquerda, nenhum partido, que aclare a sua ideologia sobre o tema. A questão está em cima da mesa. Coisa impensável há cerca de dois anos.
E como tudo, haverá vantagens e desvantagens do ponto de vista económico e social.
A saída do Euro, permitiria uma aplicação da austeridade mais suave mas, os seus efeitos práticos para as empresas provocaria o caos financeiro.
A fuga dos capitais iria intensificar-se e aquilo que faz movimentar a economia, que é o dinheiro, sairia de Portugal rapidamente para evitar a conversão para a nova moeda.
Um dos aspectos que na minha opinião torna o assunto preocupante, será:
O que poderia acontecer aos empréstimos das famílias?
Certamente a noticia, não seria agradável.
Ou seja, o efeito da conversão “ forçada” com a desvalorização da moeda.
Um empréstimo com uma prestação de 500 euros poderia passar para mais do que os cem contos correspondentes, o que seria muito duro para as famílias".I.e, o câmbio fixado poderia não ser o mesmo que aquele que existia quando Portugal aderiu ao euro (200 escudos=1 euro); logo a dívida, em escudos, poderia ser mais alta do que o valor original.
A desvalorização da nova moeda face ao euro e a outras divisas tornaria as exportações mais competitivas (boa notícia), mas, por outro lado, as importações (péssima notícia) ficariam impossivelmente caras.
E como ainda se importa e em escala maior do que a devida, importa pensar se valerá a pena pensar nisto.
Proposta de leitura:
ResponderEliminarhttp://viriatosdaeconomia.blogspot.pt/2013/04/tem-certeza-que-quer-sair-do.html#more