Quedo-me, nesta altura, com "Novos Contos da Montanha" de Miguel Torga.
Razão? Só tinha, até hoje, lido Torga em poesia e já tinha curiosidade há algum tempo.
Li por acaso o conto "Alma Grande" na semana passada. Entusiasmou-me a escrita, a descrição de uma zona do país ostracizada e o facto de gostar de conhecer os autores pelos contos. Quando os há.
Deixo aqui, um dos mais belos poemas de Miguel Torga, pseudónimo de Adolfo Correia da Rocha.
ResponderEliminarSúplica
Agora que o silêncio é um mar sem ondas,
E que nele posso navegar sem rumo,
Não respondas
Às urgentes perguntas
Que te fiz.
Deixa-me ser feliz
Assim,
Já tão longe de ti como de mim.
Perde-se a vida a desejá-la tanto.
Só soubemos sofrer, enquanto
O nosso amor
Durou.
Mas o tempo passou,
Há calmaria...
Não perturbes a paz que me foi dada.
Ouvir de novo a tua voz seria
Matar a sede com água salgada.
A Poesia pode ser a arte de desenhar palavras.
Agradecido, mais uma vez, pelo teu contributo.
ResponderEliminarBem haja