Quando perspectivava que o timing que escolhi para as férias deste ano não fosse o perfeito, a actualidade política e social do país encarregou-se de me provar exactamente o contrário.
Afinal não poderia ter escolhido melhor o timing das minhas férias.
Mesmo quando a manifestação poderia tornar-se uma ameaça ao meu descansado e desinteressado (não confundir com desinteressante) período de férias sem notícias e "fora" da realidade, eis que um casamento me manteve na órbita das férias.
Por isso, para quem estaria à espera de qualquer coisa neste blog (se é que alguém espera alguma coisa) sobre TSU's, Conselhos Nacionais do partido da oposição coligação, manifestações, imolações estapafúrdias, troikas e afins, vão ter que esperar e provavelmente desesperar, porque não sei se me apetece ler notícias com mais de uma semana para chegar à conclusão que o maior activo que este pais tinha - a coesão social num dos momentos mais conturbados da nossa história - levou um forte rombo.
Caberá a quem responsabilidades políticas tentar remendá-lo. E pelo que noto não me parece que alguém esteja interessado em fazê-lo. Por isso o barco vai continuar a navegar mesmo com o rombo que levou, na esperança, porém, de que consiga alcançar o porto de abrigo a que foi destinado.
Concordando muito ou pouco com a fórmula seguida, não tenho outra hipótese que não seja aceitá-la (e pagá-la), porque infelizmente todos temos de pagar (e de que maneira) os anos que alguns escolheram viver comandados por gente que agora abandona o barco, não sem antes o deixar ainda mais armadilhado.